DOCUMENTÁRIO QUE ‘DISCUTE A RELAÇÃO’ DOS 60+ ESTREIA NA VIRADA DA MATURIDADE

A exibição das dez sessões de A Idade do Amor terá início no evento, em São Paulo, que abre as comemorações do mês do idoso

São Paulo, SP. (DINO) 25/09/2017 

Expectativa, rejeição, desejo... Quem tem mais de 60 anos não está imune a essas sensações. Mas a imagem criada sobre a velhice costuma deixar de lado este lado do comportamento para focar apenas em doenças, remédios e tratamentos para aumentar a longevidade.

Como lidar?

Este é justamente o tema do documentário A Idade do Amor (Steven Loring, 2014), obra que retrata o relacionamento na terceira idade por meio de uma sessão de speed dating, e coloca em discussão questões como solidão, libido, orgulho, preconceito e aceitação.

O filme é um dos destaques da 3ª Virada da Maturidade, que terá início nesta terça, e contará com cerca de 200 atividades até dia 1º de outubro, data em que se comemora o Dia do Idoso.

Ele será exibido em duas sessões durante o evento; os outros oito cinedebates acontecerão até novembro, em São Paulo.

Mais de 1 mil pessoas com 60 anos ou mais terão a chance de assistir ao filme produzido nos Estados Unidos e trazido ao Brasil pela editora da revista Aptare e especialista em gerontologia, Lilian Liang.

“Steven Loring conseguiu traçar um panorama muito fiel do que é o envelhecimento. O desejo se mantém e as pessoas continuam querendo encontrar alguém para se relacionar. É importante discutir essa criação de laços, que podem ser amorosos ou não”, afirma.

Não falar sobre o tema envelhecimento ativo é um desserviço à coletividade, diz Lilian: “Precisamos debater o assunto com profissionais de saúde, os próprios idosos e a sociedade em geral. É uma questão de educar a população para tratar a velhice como algo natural”.

Hoje, a terceira idade representa cerca de 11% da população do País (IBGE) e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil será o sexto país em número de idosos até 2025.

Enredo

A Idade do Amor apresenta personagens reais e divertidos como Lou, campeão de fisiculturismo na categoria + 80 anos, e Donna, que toma cerveja em sua caneca marcada com a palavra “vovó”, enquanto mergulha em sites de relacionamento.

Lou e Donna estão entre as 30 pessoas que se inscreveram para participar de um evento de “encontros rápidos”, em que cada um tinha 5 minutos para conhecer melhor os 15 outros parceiros do sexo oposto. Se houvesse química, os contatos eram disponibilizados e haveria chance de um segundo encontro. 

As consequências desse encontro são o pano de fundo da obra.

Em dezembro, o diretor do filme, Steven Loring, virá ao Brasil para participar da exibição e debate de mais uma sessão do documentário, juntamente com a psiquiatra e especialista em sexualidade Carmita Abdo.

Para mais informações (vagas limitadas):
Trailer: https://vimeo.com/61764746
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