CIÊNCIA ESTUDA A RELAÇÃO ENTRE BEM-ESTAR E RELAÇÕES AFETIVAS - JORGE MOLL É UM DOS NEUROCIENTISTAS QUE PESQUISA O TEMA

O especialista explica que nós temos um sistema biológico programado que nos dá mais prazer fisiológico ao doar do que receber algo

(DINO01/12/2017



A depressão, na sociedade atual, é uma doença que tem se tornado cada vez mais recorrente. No entanto, de acordo com a ciência, o que também está cada vez mais estabelecida é a relação entre bem-estar e relacionamentos. O assunto tem sido estudado por especialistas e as constatações foram de que o segredo para uma vida melhor pode estar nas relações afetivas. O neurocientista e presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), Jorge Moll Neto, por exemplo, desde 2006 investiga o tema – mais especificamente, como o cérebro humano reage aos sentimentos de ternura, apego emocional e valores, como a moral e o altruísmo. Ele também se dedica a pesquisar a relação entre boas ações e o sentimento de bem-estar. 

Os estudos de Jorge Moll Neto já contaram , por exemplo, com a presença de voluntários que narraram suas experiências e responderam a diversas questões - enquanto ele, o especialista, junto com a sua equipe, observava o comportamento do cérebro através de ressonância magnética. O resultado da pesquisa mostrou que o ato de doar ativa o sistema de recompensa, onde se manifestam as sensações de prazer. 

“Isso significa que temos um sistema biológico programado que nos dá mais prazer fisiológico ao doar do que receber algo”, explicou Jorge Moll Neto. 
A ciência segue por esse caminho e tem explorado esse assunto – ela tem constatado a importância das relações afetivas para uma vida mais feliz e mais saudável. Para Jorge Moll Neto, o ganho desta mudança de perspectiva é definir práticas para desenvolver um maior bem-estar psíquico. 

O IDOR

O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino trata-se de uma organização sem fins lucrativos que objetiva promover, com responsabilidade social, o avanço científico e tecnológico na área de saúde. A instituição opera de forma independente e em sede própria desde 2010, mas as suas origens remontam ao início da Rede de Hospitais D’Or São Luiz, sua principal mantenedora.

IDOR, desde que foi criado, desenvolve diversas iniciativas nas áreas de ensino e pesquisa clínica. A Coordenação de Pesquisa está estruturada nas áreas de medicina intensiva, medicina interna, neurociências, pediatria e oncologia.

Rede de hospitais D’Or São Luiz

Fundada pelo médico cardiologista e empresário brasileiro Jorge Moll Filho, a Rede D’Or São Luiz é, atualmente, a maior operadora independente de hospitais do Brasil. Ela está presente no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em Pernambuco. 

O Copa D’Or, o Barra D’Or e o Quinta D’Or foram as três primeiras instituições da rede que, hoje, de acordo com o site oficial do Grupo, possui 35 hospitais e dois sob gestão (Hospital da Criança e Israelita); 5,1 mil leitos operacionais; 38,5 mil colaboradores; e 87 mil médicos credenciados. Ainda, por ano, a rede faz cerca de 3,35 milhões de atendimentos de emergência, 356 mil internações, 220 mil cirurgias e 24,3 mil partos.





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