O Show aconteceu nesta última sexta-feira, 4 de agosto, em frente ao Santuário Diocesano do Senhor Bom Jesus, nas comemorações dos 292 anos do encontro da imagem do Bom Jesus.
O cantor Dunga conta sua história
“Sou Francisco José dos Santos, conhecido desde pequeno como
Dunga. Nasci em Pindamonhangaba,
no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, no dia 02 de março de 1964. Sou filho do Sr. Francisco dos
Santos e da Sra. Maria Benedita de Lima Santos. Sou consagrado na Comunidade Canção Nova, moro aqui com minha esposa Néia e nossos três filhos:
Felipe, Priscila e Ana Carolina. Sou cantor católico, compositor, pregador,
apresentador de programa de TV e WebTV, locutor de rádio, escritor e com a
graça de Deus testemunho o Amor de Deus pelo mundo.
Sou também corinthiano e flamenguista.
Meu santo de devoção é São Francisco de Assis.”
“Quando não estou em missão gosto de ver fotos e assistir um bom Dvd de show com a família. Apesar de não ter muito
tempo, sou muito família, e o tempo
que tenho vivo com muita intensidade. Choro fácil, sou amigo fiel e pronto pra recomeçar a todo momento.”
“É muito legal contar a nossa história, quando a contamos
relembramos nossa história de salvação e também somos tocados profundamente,
vamos lá: Nasci em uma fazenda chamada Coruputuba que quer dizer “Cemitério dos
índios”, tive uma infância maravilhosa”.
“Lá havia escola, Igreja, cinema, campo de futebol, clube
náutico, armazém, feira e a fábrica onde nossos pais trabalhavam. Era um paraíso. Minha casa ficava na parte menos nobre da
fazenda, nós chamávamos o lugar de Pé Preto. Na casa não havia água quente,
banheiro com descarga, ou seja, o banheiro era uma casinha no fundo do quintal,
o banho era de bacia, o fogão era à lenha, e a nossa condução era uma bicicleta
Hércules. Foi uma infância simples onde pude receber dos meus pais muitas dicas
de como ser gente. Foi nessa época
que pela primeira vez percebi que a música faria parte da minha vida.”
“Foi assim: Quando
completei seis anos minha irmã mais velha “Fia”, deu-me de presente um disco dos Beatles, um compacto simples, e eu
imediatamente comecei a cantar junto com um primo Di. Meus pais eram operários
da fábrica da fazenda, uma fábrica de papel. Eles faziam três horários (das
06h00 às 14h00, ou das 14h00 às 22h00, ou das 22h00 às 06h00), ou seja, sempre
havia alguém dormindo em casa, e eu e meu primo sempre acordávamos alguém com o
nosso canto. Um dia pela manhã vi meu pai construindo outro galinheiro, pois já
tínhamos um, a princípio não entendi, mas depois de pronto, ele fez também uma
bateria de latas de tinta, microfones de cabo de vassoura, guitarras de madeira
com cordas de arames bem fininhos, do poleiro ele fez uma arquibancada e também
um palquinho, ali nasceu o meu ministério de música. Todos os dias o galinheiro
lotava com a galera da rua. Cresci rodeado de muito amor e
carinho e usufruindo de tudo que a simplicidade e a
austeridade pode nos dar”.
“Dando um pequeno salto na história vamos para os anos oitenta,
comecei a me encantar com a Néia que
veio a ser a minha esposa, foi quando a namorei pela primeira vez, ali eu já
tinha a certeza de que ela era a mulher da minha vida,
mas não durou muito tempo, pois nessa época infelizmente experimentei as drogas
e durante quatro anos eu não construí nenhum relacionamento que mereça um bom
comentário.”
“Drogas, bebidas, prostituição, baladas e uma ausência em minha
casa, realmente não produzi nada de especial. Mas com dezoito anos Jesus entrou em minha vida e tudo mudou. Mudou de tal
maneira que comecei a produzir como nunca, trabalho, amizades, espiritualidade,
família, esportes e principalmente a descoberta da ‘castidade’”.
“Entendi que tinha
que me preparar para a pessoa que Deus iria me dar de presente, para seguir
comigo na missão que Ele teria para mim. Depois de dois anos
Deus me devolveu a Néia, namoramos mais dois anos e meio e nos casamos, eu já
trabalhava na mesma fábrica em que meu pai trabalhou trinta e cinco anos, minha
mãe trinta e meu irmão vinte e oito.”
“Cresci profissionalmente me tornei um profissional da mecânica,
era animador de grupo de oração, tivemos o nosso primeiro filho Filipe. E
quando estávamos no nosso melhor momento financeiro, social, religioso,
familiar, foi quando recebemos o convite para morarmos
na Canção Nova.
Aceitamos o convite e em 1991 nos
mudamos e começamos o melhor tempo das nossas vidas.”
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