Barueri sedia encontro regional sobre acolhimento na saúde

Representantes da Secretaria da Saúde de Pirapora do Bom Jesus participaram do Encontro com os profissionais Stefane Flores, Valdelice Secundo, Ricardo Oliveira, Elita Pessoa, Maria Lúcia Soldado e Jaqueline Aparecida Raposo


Aliviar o sofrimento, melhorar e prolongar a vida, evitar ou reduzir danos, favorecer a criação de vínculos positivos, diminuir o isolamento e o abandono. Esses são alguns dos princípios do acolhimento, tema que ganha cada vez mais força nas unidades de saúde de cidades preocupadas com atendimento humanizado. Isso ficou bem claro durante a Oficina de Acolhimento sediada em Barueri e promovida pela Comissão Intergestora Regional da Rota dos Bandeirantes, da qual fazem parte, além do município anfitrião, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba. 

O encontro aconteceu durante toda a manhã do dia 25 de outubro no auditório do CAP (Centro de Aperfeiçoamento de Professores) de Barueri. Na ocasião, reuniram-se quase 300 profissionais da atenção básica desses sete municípios, dentre eles médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, dentistas, agentes comunitários, agentes de vigilância, recepcionistas, entre outros.  

secretário de Saúde de BarueriPaulo Silas, recepcionou os profissionais e fez a abertura do avento dando as boas-vindas e falando sobre a importância do acolhimento e do atendimento humanizado. Logo depois, tiveram início as oficinas, quando representantes das cidades participantes contaram experiências realizadas e os desafios enfrentados. “O que eu levo para fortalecer a prática do acolhimento no meu local de trabalho?” foi o tema da plenária que encerrou o evento, após os participantes se reunirem em grupos e discutirem a proposta.  

Uma competência em desenvolvimento 
Conforme esclarece a equipe da Coordenadoria da Atenççao Básica da Saúde de Barueri (CABS), o tema acolhimento já vem sendo discutido há alguns anos, tanto no município quanto na região, no entanto, recentemente ele vem sendo intensificado no intuito de aprimorarmos as transformações necessárias para alcançarmos efetividade e qualidade no acolhimento” 

Para a agente comunitária de saúde de Osasco, Luciana Rocha Mazini, é importante que eventos como esses aconteçam, já que há muito ainda a se desenvolver acerca dessa competência, afinal, “acolhimento significa carinho e atenção, é algo que acalma o coração”, diz. Segundo Luciana, a reunião foi espetacular, especialmente as falas em grupo, que muito complementaram o aprendizado.  

A assistente social do serviço de atendimento domiciliar de Osasco, Ivone Batista de Almeida, concorda e acha que outras prefeituras devem seguir o exemplo de Barueri e promover mais oficinas como essa. “Acolhimento é muito importante para o usuário e pra gente também. Como foi falado, esse acolhimento é tanto para o paciente quanto para nós, funcionários. É sempre importante porque, no caso do paciente, orienta, ajuda a amenizar o sofrimento em muitas das vezes e se descobre, através desse acolhimento, outras situações nas quais podemos intervir”, detalha 

O que é acolhimento? 
Diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), acolhimento, de acordo com o Ministério da Saúde, não tem hora e nem local para acontecer, muito menos um profissional específico para fazê-lo, já que deve ser praticado em todos os serviços de saúde. Trata-se de uma postura ética que resulta na escuta do usuário e no reconhecimento de seu protagonismo em todo o processo. “É um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde”, conforme explicitado em material produzido pelo Ministério da Saúde sobre o tema.  

Aliz Lambiazzi – 26/10/2017 
Crédito das fotos: Suseli Honório e Aliz Lambiazzi  Secom 



Quase 300 profissionais de saúde discutem e aprimoram acolhimento 


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