A importância da eficiência energética e seus benefícios à sociedade

Projeto de gestão energética chega em Pirapora
AES Eletropaulo vai capacitar funcionários da prefeitura a identificar gastos excessivos com energia elétrica

​​Logo após as crises do petróleo, na década de 1970, iniciaram-se a estruturação de ações de combate ao desperdício de energia e a substituição de insumos energéticos no Brasil. Na época, a dependência do País na utilização de derivados desse combustível fóssil causou impacto na economia, devido ao aumento do preço e por ser um recurso natural não renovável.
Com a privatização das distribuidoras de energia elétrica, nos anos 1990, e com incentivos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as concessionárias passaram a investir parte do faturamento em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e em ações de Eficiência Energética (EE), como trocas de equipamentos ineficientes por outros mais modernos, mudanças nos sistemas de iluminação, entre outras. E é nesses usos finais, como a iluminação, fundamental para a maioria das instalações residenciais, comerciais ou industriais, que se identifica o grande potencial de redução dos gastos e de combate ao desperdício de energia. 
Até pouco tempo, os modelos incandescentes e fluorescentes dominavam o mercado de lâmpadas. Conforme o avanço da tecnologia, esses modelos se mostraram incompatíveis com as necessidades de eficiência e economia dos consumidores. Após a introdução da tecnologia LED, os clientes passaram a enxergar a importância de se investir em um produto com maior durabilidade, mais eficiência e melhor custo benefício. 
Antigamente, um cômodo como um quarto, por exemplo, gastava cerca de R$ 9 reais mensais - em valor atualizado - com uma lâmpada incandescente acesa por cinco horas. Já com a fluorescente, o custo passou a ser de R$2,29. Com a tecnologia LED, hoje, o custo chega a ser de R$1,19 ao mês para as mesmas cinco horas. Uma economia de recursos e também no orçamento que não pode ser desprezada. 
Impulsionados por uma demanda crescente pela modernização de equipamentos de iluminação e por questões de sustentabilidade, os estabelecimentos comerciais, industriais, públicos e mesmo os clientes residenciais têm buscado, cada vez mais, qualidade, confiabilidade, segurança e economia no uso da energia elétrica.
Ao adotarmos ações de EE, como apagar as luzes quando seu uso não for necessário ou desligar equipamentos em vez de deixa-los em stand by, não significa, necessariamente, gastos iniciais elevados. Mas, com os primeiros resultados de economia sendo sentidos, iniciam-se mais ações com investimentos, ampliando o processo e seus resultados. 
A Eficiência Energética, sistematicamente aplicada, traz benefícios à sociedade, ao setor elétrico, às distribuidoras e ao meio ambiente. Todos ganham.
Rubens Leme é coordenador de Usos Finais da Energia da AES Eletropaulo



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