O FUTURO DO TRABALHO E O PROFISSIONAL DO FUTURO

Muito se fala sobre as mudanças que a tecnologia está provocando nas profissões e no ambiente de trabalho. As consequências deste movimento são expressas em números de grande impacto. Como o citado no Fórum Mundial, indicando que no ano de 2020 haverá de 70 a 80 milhões de pessoas com problemas de colocação profissional – ao mesmo tempo em que um número equivalente de vagas, com requisitos muito diferentes dos atuais, deve surgir.

Joinville, SC (DINO03/05/2018



Muito se fala sobre as mudanças que a tecnologia está provocando nas profissões e no ambiente de trabalho. As consequências deste movimento são expressas em números de grande impacto. Como o citado no Fórum Mundial, indicando que no ano de 2020 haverá de 70 a 80 milhões de pessoas com problemas de colocação profissional – ao mesmo tempo em que um número equivalente de vagas, com requisitos muito diferentes dos atuais, deve surgir.
Quais são as possibilidades e oportunidades de trabalho para uma economia global em rápida transformação? Como estar preparado para ocupar as novas vagas que serão abertas em um futuro tão próximo?
Para contribuir com um entendimento mais claro sobre este contexto, a Expogestão 2018, um dos mais importantes congressos corporativos do país, acontecendo até 10 de maio em Joinville (SC), traz dois renomados palestrantes: o embaixador da Argentina no Brasil, Carlos Magariños, e o CEO do PageGroup Brasil, Gijs van Delft.
O embaixador Carlos Magariños é considerado uma das maiores autoridades sobre o impacto do futuro do trabalho na economia, nas empresas e na sociedade. Especialista em desenvolvimento econômico, relações internacionais e meio ambiente, ocupou, entre outros cargos relevantes, o de Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, professor titular em várias universidades argentinas, membro Senior Associado da Universidade de Oxford e Senior Fellow da Universidade de Renmin (China).
Magariños acredita que as soluções para o futuro do trabalho virão de instituições, porque o protagonismo do futuro está nas pessoas – consumidores, trabalhadores, cidadãos, engajados e imersos em novas lógicas de produção, consumo e relacionamento com questões complexas. Ele detalhou este tema na abertura do Expogestão 2018, apresentando resultados de diversos estudos que envolvem a questão.
Gijs Van Delft é formado em Gestão Internacional pela Business School of Amsterdam (Holanda) e CEO do PageGroup Brasil, que integra uma empresa líder global em recrutamentos especializados, onde atua há 24 anos. 
Delft afirmou que não podemos confundir a substituição de tarefas com a invalidação da mente humana, porque se os sistemas detêm mais informações e capacidade de processamento, não dispõem de dois grandes ativos: talento criativo e inteligência social, que se nutrem de habilidades como empatia, sensibilidade para gestão de equipes, inteligência emocional e criatividade.
Em sua palestra, Gijs focou nos mitos e fatos sobre os trabalhos do futuro, em quais qualificações técnicas serão relevantes para os profissionais e como capacitá-los e treiná-los para os novos desafios. Com base em dados levantados pela Page no mundo, abordou, também, como os profissionais que já estão no mercado de trabalho podem fazer a transição para carreiras e postos que hoje ainda não se sabe quais serão, e como as empresas podem se preparar para este percurso ainda muito incerto.

"Magariños acredita que as soluções para o futuro do trabalho virão de instituições, porque o protagonismo do futuro está nas pessoas".

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